Aventuras dum Repórter Fotográfico no Campeonato do Mundo da Alemanha.



Inglaterra, Bielefeld e os Alemães


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Estamos de partida para Gelsenkirchen, pela 2ª vez. O ambiente na Selecção está quente, motivado pela ferocidade da imprensa inglesa, sempre disposta a criar polémicas onde não existem, nem que para isso seja precisar inventar entrevistas com o Pauleta, como aconteceu. As conferências de imprensa na tenda de Marienfeld tem sido mais concorridas do que nunca, assim como os treinos (onde 3 esforçados repórteres trabalham deitados). Esta postura da imprensa inglesa não é mais do que uma fuga para a frente, um modo agressivo de ocultar os seus receios de que a tragédia do Euro2004 se volte a repetir. Assim esperamos. De qualquer modo, o discurso lusitano é de contenção e respeito pois não convém deitar foguetes antes da festa.

Em Bielefeld, terra que já adoptamos como nossa, tive hoje oportunidade de passear e conhecer um pouco melhor as suas ruas e comércio. É uma cidade pequena, organizada, limpa e viva, com diversas zonas pedonais com agradáveis esplanadas para relaxar ao fim do dia, inúmeras livrarias de rua e uns coloridos bonecos que adornam a entradas de diversos estabelecimentos comerciais. Os preços são para todos os gostos e tranquilidade é a palavra de ordem.

Poderá ser triste dizê-lo deste modo, mas a Alemanha seria um local fantástico se não tivesse alemães. Tem tudo para isso: as instituições funcionam, há qualidade de vida, os ordenados são acima da média, existe segurança, prosperidade, emprego, tempo livre e zonas verdes (Leiam este crónica de dia 23 para ficarem com uma ideia), mas não há pachorra para os alemães! Tudo que fuja do protocolo, do regulamento, é o suficiente para os confundir. Os empregados de mesa, por exemplo,são incapazes de tomar nota de dois pedidos de cada vez, é preciso esperar uma eternidade para pedir mais uma cerveja, a conta ou a factura. A palavra "desenrrascar" não vem no dicionário alemão: se não estava previsto, não se faz. Ponto final. São incapazes de contornar um imprevisto ou dar resposta a uma situação que não estava contemplada. Nas ruas, quando o semáforo está vermelho para os peões, mesmo sem haver um único carro a circular num raio de 10 kms, ninguém se atreve a transpor a estrada - todos aguardam o sinal verde - excepto os tugas que por aqui andam - e que são automaticamente fulminados com o olhar de censura por parte dos habitantes locais. Enfim... é preciso ter muita paciência para viver não na Alemanha, mas com os alemães e, ao fim de 30 dias, esta já começa a escassear. Olha aí mais um cerveja, faxabore!!!


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